segunda-feira, 1 de outubro de 2012

A Rasura

"A rasura, tanto oral quanto escrita, , indica que o sujeito, em algum momento do processo de escritura, interrompeu o percurso para voltar-se sobre aquilo que foi dito ou escrito, para ANULAR, SUBSTITUIR, DESLOCAR, ACRESCENTAR, dizer de outro modo o que já havia falado ou escrito."

CALIL, Eduardo. Escultar o Invisível, p. 104.

segunda-feira, 7 de maio de 2012

A distribuição dos parágrafos num texto dissertativo-argumentativo

Os parágrafos em um texto dissertativo-argumentativo:

Em geral, para efeito de padronização, esse tipo de texto é feito com cinco parágrafos (um para introdução, dois para o desenvolvimento da ideia defendida e um para a conclusão. Entretanto, a quantidade de parágrafos deve estar limitada a quantidade de linhas máximas que se pede na redação. Se a redação, por exemplo, for até 40 linhas, pode-se escrever 6 parágrafos ou mais. O ideal para o êxito do texto é não ultrapassar o limite de linhas e adequar o número de parágrafos a ele, sempre seguindo a estrutura INTRODUÇÃO-DESENVOLVIMENTO-CONCLUSÃO.  
É obvio que uma maior quantidade de linhas e parágrafos deva estar no desenvolvimento, uma vez que é aí que terei de convencer o leitor da minha ideia. É no desenvolvimento que terei de expôr os argumentos que validem o meu ponto de vista.  A introdução pede um menor número de linhas, pois nela só apresentarei a ideia que irei  fundamentar no desenvolvimento. A conclusão é o fechamento. O número de linhas gastas irá depender de como apresentarei o final do meu texto ao leitor, se consegui concluir e deixar claro o meu ponto de vista. Isso se geralmente se consegue com um número de linhas menor que as gastas no desenvolvimento.


Exercício: 
Para efeito de TESTE, escreva a redação sem se preocupar com o número de linhas e parágrafos e depois adeque-a,  REESCREVENDO um texto em que o limite seja 30 linhas. 
Além de pôr em prática a sua capacidade de COESÃO, você perceberá a importância da reescrita no processo de estrita. 

terça-feira, 10 de abril de 2012

Cai a nova ortografia nos concursos em 2012?

Segundo o MEC, até 31 de dezembro deste ano serão aceitas as duas formas. Porém, as instituições organizadoras das provas poderão cobrar questões com a nova ortografia. Para tanto, deverá ser especificado no edital da inst. correspondente.
No caso do concurso de Palmeira dos Índios, que acontecerá no dia 6 de maio, organizado pela COPEVE, não consta no edital a cobrança da nova ortografia, mas apenas Ortografia oficial, que é a específica da gramática do português. Assim, por lei, não deverá ser cobrado o assunto...Masssss... eu aconselho os concurseiros a darem uma olhadinha nas regras da nova ortografia... Afinal, as duas (velha e nova ortografias) estão valendo.

Mais:
http://www.lendo.org/acordo-ortografico-como-ficam-os-concursos-publicos/
Regras do N.A.O: http://www.parabolaeditorial.com.br/downloads/novoacordo2.pdf

segunda-feira, 5 de março de 2012

Uso de Por que/ Por quê/ Porque/ Porquê.

As vezes o uso dessa palavra de mil e uma utilizades causa uma certa confusão de quem a usa. Por suas particularidades, o porquê, que pode ser de conjunção, substantivo  pronome relativo, elimina muita gente nos concursos públicos em todo o páis. Segue uma explicação básica do seu uso.

Por que - É usada no início de perguntas e pode ser substituída por POR QUAL MOTIVO/ RAZÃO.
Ex: Por que você não foi à festa?
 Por quê - A diferença é que esse vem no final de frases.
Ex: Você não foi a festa por quê?
Porque- É usada em respostas a conjunção explicativa. Também pode ser substituída por POIS
Ex: Não fui à festa porque estava doente.
Porquê. É substantivo. Vem depois de artigo, pronome, adjetivo ou numeral.
Ex: O porquê dela não ter ido a festa eu não sei.

Acho que isso é o básico. Qualquer dúvida, manda aê. Abraço.

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Com base no texto abaixo, escreva uma redação dissertativa-argumentativa sobre o tema: O Potencial Econômico do Brasil: É possível acabar com a desigualdade social?

  Um Brasil que pessimista não vê

  Nós, brasileiros, somos hipersensíveis à piora do ambiente econômico e social. Na crise, ficamos irritados com o governo e pessimistas em relação ao país. Passamos a dar mais importância àquelas comparações simplistas, como a que nos diz que temos a maior desigualdade do mundo. Aceitamos que confundam baixa renda com indigência. Acreditamos que estamos à beira do colapso social.
  Quem nos olha de fora fica achando que somos incapazes de ver as mudanças que ocorrem no país. Não significa fechar os olhos às nossas mazelas, achar que não há pobreza no Brasil ou que nossas desigualdades não incomodam. Incomodam, principalmente as duráveis, que, como tenho escrito aqui, vêm da discriminação de negros e mulheres. Mas ter uma perspectiva adequada do que é positivo e negativo nos permite agir de forma mais racional e combater essas visões emocionais, freqüentemente baseadas em metodologia tosca, que desenham um futuro trágico para o Brasil.
  Perspectiva é algo que ilude mesmo. Considerem, por exemplo, duas visões alternativas do risco Brasil. A Standard & Poors, que examina os países sob a ótica do mercado financeiro e do curto prazo, acaba de reduzir a nota do Brasil, porque acha que nosso risco aumentou. A A.T. Kearney, que analisa os países do ponto de vista do investimento direto – em atividades produtivas –, acaba de aumentar a nota do país, elevando-o ao terceiro lugar entre os mercados mais atraentes para os investimentos das 1.000 maiores empresas do mundo. Passou a Inglaterra, ficando atrás apenas dos Estados Unidos e da China. A visão do Brasil, neste ano, melhorou para 27% dos executivos dessas empresas e piorou para apenas 7%. Diferente de nossa própria auto-avaliação.
  Quando se trata do primeiro investimento externo da empresa, o Brasil é o principal destino, atraindo 40% do total das intenções de aplicação. China e Índia são o segundo e o terceiro, respectivamente. Quem é contra o investimento estrangeiro, claro, há de achar isso irrelevante ou ameaçador. Paciência.
(...) No Brasil, há mobilidade social, a pobreza é redutível. Mesmo com toda a discriminação, negros e mulheres têm melhorado de situação. A classe média negra, que não existia praticamente há vinte anos, já é significativa. Melhoramos o suficiente? Não. Vencemos todos os desafios civilizatórios? Não. Podemos descansar em berço esplêndido? Não.Mas é certo que o Brasil mudou para melhor, seja em comparação com ele mesmo, há dez e há vinte anos, seja em comparação com outras nações emergentes do mundo. O resto é cegueira ideológica, má-fé ou incompetência analítica.
                   ABRANCHES, Sérgio. In Veja, São Paulo: Abril, ago. 2011