sábado, 31 de dezembro de 2011

No minicurso que ministrei no IV Encontro de Iniciação Científica, no IFAL  de Palmeira dos Índios - AL, falei da noção de ERRO DE PORTUGUÊS para a Linguística, de um modo geral. 
Assim, os participantes pudem entender melhor, por meio se simples exemplos, que não TODOS nós somos falantes da língua portuguesa, independentemente se falamos "certo" ou "errado". Dominamos a gramática da nossa língua, um vez que falamos as sentenças permitidas por ela. Só não é português a construção que foge à SINTAXE do português. 
Ex:  Nós quer ir para o cinema (português)
      * O ir para cinema nós quer (agramatical)

Redação do Enem 2011

Viver em rede no século XXI: os limites entre o público e o privado. Este foi o tema da redação do Enem 2011. O assunto proposto à discussão casou-se bem com o contexto atual da sociedade, uma vez nunca houve tantas publicações por meio das redes sociais. Através de sites de relacionamento como o Twitter, Facebook, Orkut, Blog internautas publicam fotos, vídeos e textos sempre que desejam. Essa liberdade online permite que eles publiquem todo o tipo de conteúdo, inclusive os mal intencionados.
 E era refletindo nessa problemática que o candidato deveria ter desenvolvido o seu texto, ao mesmo tempo em que, intervindo na exposição de soluções que visem à ponderação das publicações na rede  por parte dos internautas. Ao também levar em consideração que a internet tem o poder de destruir a imagem de qualquer pessoa, o estudante teve em mãos um campo extenso de fatos-exemplos que validassem os seus argumentos.
Decidi fazer as provas para testar os meus conhecimentos. O tema me surpreendeu, pois não imaginava que fosse cair um assunto já bastante abordado pela mídia. Entretanto, é preciso notar que discussões como essas são necessárias, seja pelo aumento do acesso à rede ou pelos problemas causados pela não ponderação nas postagens. Conteúdos inadequados ao público, como exposição de intimidades, opiniões preconceituosas e mentiras podem causar sérios problemas a quem não põe limites em suas postagens.
Em meu texto, dissertei sobre a propagação do preconceito na internet e citei o caso de uma mensagem publicada na rede por uma estudante de Direito, de São Paulo, Mayara Petruso. Ela escreveu no Twitter a frase “Nordestino não é gente. Faça um favor a São Paulo: mate um nordestino afogado”. E esse é um dos inúmeros casos de intolerância presentes na rede.  A frase rendeu matéria até em jornais no exterior.
Pode-se observar que a proposta de redação do Enem 2011 foi simples e precisa. O estudante, se tiver entrado cabalmente na discussão e proposta soluções que acima de tudo conscientizem as pessoas para que elas limitem os conteúdos expostos na internet, certamente obteve um bom resultado. 

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Linguística

 
 
Esse senhor aqui (Ferdinand de Saussure) foi quem, com seus estudos, propiciou que a Línguística fosse vista como ciência, com objetos e métodos próprios.
Seus estudos estão abordados no Curso de Linguística Geral, livro publicado depois de sua morte.
 
 
O estudo da linguagem humana desperta em mim sensações de prazer, pois fico encantado ao ver o quão complexas e inacabadas são as questões que envolvem a língua. A Linguística, sendo uma ciência moderna, não vem dizer o que está certo ou errado no que diz respeito as formas de se falar ou escrever, mas sim explicar e analisar todas essas formas. Muito além do que se vê na escola, os estudos dessa ciência vêm permitir que o aprendiz se posicione diante de situações polêmicas da gramática. Tem-se, portanto, caminhos a seguir, pensamentos a serem (re)formulados. Assim, nós, pesquisadores da língua, temos feito como Baruch Spinoza¹:  Nos esforçado por não rir das ações humanas, por não deplorá-las nem odiá-las, mas por entendê-las¹.
 
 1- Baruch Spinoza (24 de novembro de 1632 - 21 de fevereiro de 1677)

Sujeito: o ser que nem sempre pratica a ação.

Andei refletindo, ao me deparar com uma questão de gramática, sobre o conceito de sujeito que aprendemos na escola. Na sala de aula, logo na séries iniciais, ouvimos que sujeito é o ser que pratica a ação. Se o professor ainda for bonzinho, acrescenta que essa ação é expressa pelo verbo. Tratei, um dia desses, de problematizar e ver o que falha nesse antigo conceito.
A frase era a seguinte: Naquela reunião, falou-se somente a verdade.
Frase que se encontra na voz passiva sintética, pois o "verdade" (classificado como sujeito pelo autor da gramática) estaria sofrendo a ação praticada por... por quem mesmo?  Ora, o verbo falar se encontra na 3°  pessoa do singular + o se ( que aqui funciona como partícula apassivadora, já que a voz pode ser passada para a passiva analítica (A verdade foi falada).
Entretando, mesmo sendo possível a mudança de voz, ainda não se nota  a definição de sujeito como ser que pratica a ação. A verdade sofre a ação praticada pelo verbo falar (falado), mas quem falou a verdade? Ou melhor, quem fala, fala alguma coisa (verbo falar - transitivo direto). Na frase em questão, alguém falou a verdade... mas não dá pra saber quem falou.
Com isso, eu vi que nem sempre sujeito é aquele que pratica ( e nem recebe) a ação, pois a verdade, embora falada, sofrida a ação expressa pelo verbo, tem que ter sido falada por alguém. Ou ela mesma foi que falou? Que confuso em!

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